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Resenha

O Caminho dos caídos: Lembranças

RESENHA

No “Caminho dos caídos: lembranças” o autor Felipe Aires se utiliza de grande criatividade para nos transportar direto para Baioh, um continente cheio de mistérios e seres místicos misturados aos humanos em uma dimensão diferente da nossa.

Acompanhamos de perto a aventura perigosa, cheia de espinhos e tormentas, de um fugitivo de guerra chamado Kanzu que recebe uma missão muito importante para ser cumprida. Em sua trajetória descobre fatos extraordinários sobre seu passado e sobre o que realmente é no presente, a qual grupo pertence e suas habilidades. Encontra bons companheiros, outros nem tanto, com uma áurea misteriosa sempre o cercando a cada passo dado.

Para quem procura por algo diferente e deseja se afastar completamente da realidade, uma boa pedida é esta leitura, sempre é bom dar uma passeada por terras distantes de continentes desconhecidos como Baioh e Tyjhor, conhecer alguns vordges, cumprimentar uma velha senhora salamandra sentada em frente a sua casa, aprender alguns truques com bruxos poderosos e sábios, e aprender que as histórias que nos são contadas quando crianças para dormir, essas sim, muitas vezes não são apenas histórias e podem ser mais reais do que imaginamos...

Em Baioh tudo pode acontecer. Com cenários vívidos, sombrios e deslumbrantes ao mesmo tempo, seres das trevas estabelecem o caos entre o povo e apenas um soldado é fundamental para a salvação de inocentes (ou nem tanto). Todos carregam segredos, dores e rancores dentro de si, nessa aventura podemos perceber como a frieza de algumas pessoas é moldada, como alguém se torna um matador sem coração e de alma vazia.

Não é apenas um livro com magia, aventura e muita criatividade, mas sim uma leitura que pode nos proporcionar experiências de aprendizagem, de elevação, com uma mensagem a ser transmitida à medida que se lê.

Num tempo de caos, de desarmonia e tormentas de povos distintos entre si, a esperança é a única que ainda sobra nos corações, mas, quando até esta é extinta, sabemos que o futuro não é um lugar agradável onde se queira estar...

“Nesses tempos, o que contava era a esperança, e isso ninguém mais tinha.”